segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Mosteiros de Meteora – Determinação e Misticismo

Há 600 anos, religiosos do Monte Athos dirigiram-se para a região grega da Tessália (considerada pela mitologia como a morada dos deuses e também o país dos Centauros), e passaram a viver isolados nas cavernas das rochas de Meteora, que em grego significa “rochas suspensas” ou “colunas do céu”.




O número de monges foi aumentando e a sua determinação na defesa da fé, contra os ataques dos turcos, conduziu-os à construção de surpreendentes mosteiros.


Assim, durante séculos, nesta região da Grécia, mais de vinte mosteiros foram erguidos, dos quais cinco sobrevivem habitados. Os monges encontraram nos rochedos inacessíveis de Meteora um refúgio ideal, surgindo assim, nos topos dos rochedos de arenito, os incríveis Mosteiros de Meteora.


É espantoso, que alguém tenha conseguido fazer tais construções, num lugar de tão difícil acesso. Este inacreditável complexo de mosteiros nas rochas, parece uma visão da mística idade média...


No interior dos mosteiros é possível admirar numerosas pinturas murais nas igrejas, salas de orações e outros espaços, manuscritos, com belíssimas capas gravadas a ouro e prata, colecções de cruzes e inúmeros objectos litúrgicos. No exterior vemos construções simples, de tijolo e madeira, mas de grande beleza.


Ninguém sabe, seguramente, como os primeiros eremitas chegaram ao topo das montanhas, ou como os materiais de construção foram içados. Sabe-se que eram utilizadas escadas removíveis. Em 1536 foi criado um sistema mecânico, que era usado para subir pessoas, alimentos e outros materiais numa espécie de cestos de rede.


Só, em 1920, foram construídas longas e estreitas escadas de acesso, esculpidas nas rochas. Hoje há teleférico para fazer a travessia de uma rocha a outra, mas os velhos trilhos de épocas medievais, ainda podem ser encontrados nas montanhas de Meteora.


Este lugar impressionante, montes, vales revestidos de florestas e o conjunto de imensas rochas de arenito com os mosteiros no topo, em 1988, tornou-se Património Mundial da Unesco.


A UNESCO caracterizou Meteora como um "monumento da humanidade que tem que ser mantido". Os mosteiros não pertencem apenas à Grécia, mas também a todo o mundo, eles representam uma união única e harmoniosa da arquitectura bizantina com a beleza natural.


A presença de tantos mosteiros, num lugar tão pequeno, assim como o exercício da vida espiritual Ortodoxa têm provocado a admiração e o interesse de pessoas de todo o mundo.


Os edifícios dos mosteiros parecem ser uma continuação ou o fim natural das rochas e representam um precioso tesouro artístico.


Finalmente, os mosteiros são transmissoras de cultura, que "como sabemos" não está retida em qualquer país.

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