sábado, 1 de janeiro de 2011

ARTE BIZANTINA




O cristianismo não foi a única preocupação para o Império Romano nos primeiros séculos de nossa era. Por volta do século IV, começou a invasão dos povos bárbaros e que levou Constantino a transferir a capital do Império para Bizâncio, cidade grega, depois baptizada Constantinopla. A mudança da capital foi um golpe de misericórdia para a já enfraquecida Roma - facilitou a formação dos Reinos Bárbaros e possibilitou o aparecimento do primeiro estilo de arte cristã – a Arte Bizantina.




Graças à sua localização (Constantinopla) a arte bizantina sofreu influência de Roma, Grécia e do Oriente. A união de alguns elementos dessa cultura formou um estilo novo, rico tanto na técnica como na cor.


A arte bizantina foi dirigida pela religião; ao clero cabia, além das suas funções, organizar também as artes, tornando os artistas meros executores. O regime era teocrático e o imperador possuía poderes administrativos e espirituais; era o representante de Deus, tanto que se convencionou representá-lo com uma auréola sobre a cabeça, e vários mosaicos apresentam-no, ladeando a Virgem Maria e o Menino Jesus.


O mosaico é expressão máxima da arte bizantina e não se destinava apenas a enfeitar as paredes e abóbadas, mas instruir os fiéis mostrando-lhes cenas da vida de Cristo, dos profetas e dos vários imperadores. Plasticamente, o mosaico bizantino difere dos mosaicos romanos; são confeccionados com técnicas diferentes e seguem convenções que regem inclusive os frescos. Neles, por exemplo, as pessoas são representadas de frente e verticalizadas para criar certa espiritualidade; a perspectiva e o volume são ignorados e o dourado é profusamente utilizado devido à associação com maior bem existente na terra: o ouro.
A arquitectura das igrejas foi a que recebeu maior atenção da arte bizantina, elas eram planeadas sobre uma base circular, octogonal ou quadrada com imensas cúpulas, criando-se edifícios enormes e espaçosos totalmente decorados.


A igreja de Santa Sofia (Sofia = Sabedoria), na hoje Istambul, foi um dos maiores triunfos da nova técnica bizantina, projectada pelos arquitectos Tralles e Isidoro de Mileto. Possui uma cúpula de 55 metros apoiada em quatro arcos plenos. Tal método tornou a cúpula extremamente elevada, sugerindo por associação à abóbada celeste, sentimentos de universidade e poder absoluto. Apresenta pinturas na paredes, colunas com capitel ricamente decorado, mosaicos e o chão de mármore polido.


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