"O que é que há no mundo que seja como a música? Com que se parece a música? [...]
A fraqueza das nossas respostas verbais à música parece-me extremamente reveladora. [...]
Aquilo que um ser humano - que a música comove, para o qual a música é uma instância superior de vida -, se mostra capaz de dizer sobre ela são apenas banalidades.
A música tem significado por si. Transborda de sentidos que não se podem traduzir em termos de estruturas lógicas ou de expressão verbal.
Na música a forma é conteúdo e o conteúdo forma.
A música é ao mesmo tempo cerebral e formal em último grau - [...] as energias e as relações formais implicadas na execução de um quarteto, nas interacções entre a voz e o instrumento são dos acontecimentos mais complexos que a humanidade conhece - e somática, carnal, em busca de uma ressonância no nosso corpo mais profunda do que a consciência ou a vontade.”
George Steiner, Real Presences
ARTE
Gaulês moribundo
SCHELLING, Sistema do Idealismo Transcendental (1800) III 627-628