quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O que é que há no mundo que seja como a música?

Violinista Azul, Chagall

"O que é que há no mundo que seja como a música? Com que se parece a música? [...]

A fraqueza das nossas respostas verbais à música parece-me extremamente reveladora. [...]
Aquilo que um ser humano - que a música comove, para o qual a música é uma instância superior de vida -, se mostra capaz de dizer sobre ela são apenas banalidades.
A música tem significado por si. Transborda de sentidos que não se podem traduzir em termos de estruturas lógicas ou de expressão verbal.
Na música a forma é conteúdo e o conteúdo forma.
A música é ao mesmo tempo cerebral e formal em último grau - [...] as energias e as relações formais implicadas na execução de um quarteto, nas interacções entre a voz e o instrumento são dos acontecimentos mais complexos que a humanidade conhece - e somática, carnal, em busca de uma ressonância no nosso corpo mais profunda do que a consciência ou a vontade.”


George Steiner, Real Presences


ARTE

Gaulês moribundo

“Se a intuição estética não é mais do a própria intuição transcendental tornada objectiva, segue-se que a arte é para a filosofia o seu “órganon” verdadeiro e eterno (…). É por isso que a arte é para o filósofo o que há de mais elevado”
SCHELLING, Sistema do Idealismo Transcendental (1800) III 627-628


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