quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Castelos do Deserto



Para além das maravilhas da Natureza, o deserto da Jordânia está cheio de antigos castelos e de sinais dos acampamentos das antigas caravanas que sulcavam o deserto. Estas fortalezas foram pertença dos califas da 1ª metade do séc. VIII.
Os castelos do deserto da Jordânia, belos exemplos da arte e arquitectura islâmica inicial, são a prova de uma era fascinante na rica história do país. Os seus mosaicos, frescos, inscrições na pedra e em estuque, contam inúmeras histórias da vida tal como era no século VIII.


Apelidados de castelos devido à sua imponência, os complexos do deserto tinham, na verdade, várias finalidades, sendo usados como locais de descanso nas caçadas e para as caravanas e como centros agrícolas e comerciais.

Qasr Amra é o mais conhecido castelo do deserto na Jordânia dos dias de hoje. O castelo foi construído no princípio do século VIII e é um exemplo da primeira arquitectura e arte islâmica.

O castelo, que era usado como retiro pelo califa ou pelos seus filhos para desporto e prazer, tem vários frescos. 
O castelo também contém um complexo de banhos com um tecto abobadado que mostra a influência romana. 


O castelo de Qars Amra, com as paredes e tectos cobertos por belíssimos frescos, foi classificado pela UNESCO como Património Mundial, em 1985.





Qars Azraq (que significa "o castelo azul") é uma grande fortaleza construída em basalto, localizada no leste da Jordânia.

 
  
O seu valor estratégico vem-lhe do oásis próximo, a única fonte de água, numa região de 12 mil km2 de deserto. 

Qars Azraq foi a fortificação usada por Lawrence da Arábia durante a Revolta Árabe.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Arquitectura Islâmica


Mesquita de Damasco - Património Mundial da UNESCO

As mesquitas mais antigas foram construídas entre os séculos VI e VIII, seguindo o modelo da casa de Maomé em Medina: uma planta quadrangular, com um pátio voltado para o sul e duas galerias com teto de palha e colunas. A casa de Maomé era local de oração, reuniões, centro político, hospital e refúgio para os mais pobres. Essas funções foram herdadas pelas mesquitas e alguns edifícios públicos.








No entanto a arquitectura sagrada não manteve a simplicidade e a rusticidade dos materiais da casa do profeta, sendo exemplo disso as obras dos primeiros califas: mesquitas de Bassorá e Kufa, no Iraque, a Cúpula da Rocha, em Jerusalém e a Grande Mesquita de Damasco. Contudo, persistiu a preocupação com a preservação de certas formas geométricas, como o quadrado e o cubo. O geómetra era tão importante como o arquitecto.




Na realidade, era ele quem, realmente, projectava o edifício, enquanto o segundo controlava sua realização.



A cúpula de pendentes, que permite cobrir o quadrado com um círculo, foi um dos sistemas mais utilizados na construção de mesquitas.
Outra das construções mais originais e representativas do Islão foi o minarete, uma espécie de torre cilíndrica ou octogonal situada no exterior da mesquita a uma altura significativa, para que a voz do muezim pudesse chegar a todos os fiéis, convidando-os à oração.


O estuque, painéis de madeira, tijolos e azulejos foram e continuam a ser usados como elementos decorativos nos edifícios islâmicos. Todos estes materiais foram utilizados para produzir painéis decorativos de extrema complexidade e beleza.

As gelosias de madeira talhada, muitas vezes com incrustações de marfim, também proporcionaram um suporte para a decoração arquitectónica no mundo islâmico.


Nota - Todas as imagens são da mesquita de Damasco. Ela foi construída em cima das ruínas do que foi local de adoração, primeiro dos sírios pré-romanos, depois um templo pagão romano, mais tarde uma igreja cristã bizantina dedicada a João Baptista e finalmente uma mesquita.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Originalidade da Decoração na Mesquita da Rocha

Cúpula da Rocha ou Mesquita de Omar - Jerusalém






Cúpula da Rocha – primeira mesquita islâmica – séc.VII


A Cúpula da Rocha é um dos nomes atribuídos à Mesquita de Omar, situada na Cidade Velha, em Jerusalém.
Segundo historiadores, sob as fundações da mesquita existe uma "rocha sagrada", que fica exactamente sob a cúpula da mesquita. Além do interesse religioso, a vistosa cúpula toda dourada é parte integrante da paisagem de Jerusalém e património da humanidade reconhecido pela UNESCO como interesse histórico, turística e arquitectónico.
A Cúpula da Rocha, actualmente da Mesquita de Omar, teria sido o lugar de partida da Al Miraaj (viagem aos céus realizada pelo profeta Maomé) e permanece hoje como um templo da fé islâmica.
A Cúpula da Rocha recebeu esse nome devido à grande rocha que protege no seu interior que foi usada em sacrifícios e constitui uma das razões pelas quais a cidade de Jerusalém é considerada Cidade Santa por várias religiões.
Segundo a tradição judaica, foi nessa rocha que Abraão preparou o sacrifício do seu filho Isaac a Deus e onde, mil anos antes de Cristo, o rei Salomão construiu o primeiro templo.

 Adaptado da Wikipédia